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É possível amar um nome?

Foto do escritor: Akire A. Akire A.

Um dia normal como outro qualquer. A garota adolescente se arrumava para mais um dia de aula, acordou cedo, tomou um banho morno e agora penteava os muitos e longos fios cacheados que haviam em sua cabeça. Era quarta-feira, dia da aula de Sociologia, a melhor aula. Tomou um copo de suco, pegou a mochila pesada com caderno e livros e saiu de casa. Pegou carona com o pai como fazia todos os dias. Chegou na escola ainda morrendo de sono, visitou seus amigos de outras séries e turmas até o sinal bater. Antes da tão esperada aula teve que aturar Matemática, Física e Inglês, não tinha algo contra, mas queria mesmo a Sociologia. Chegou o momento. Por que essa aula? Simples, o professor era dinâmico, ensinava brincando, inovando, impressionando. Naquele dia a dinâmica foi simples: escreva o seu nome ao contrário numa folha de papel. Era isso? Ela escreveu e riu do resultado. O professor foi perguntando a cada um como ficou o "novo" nome. Alguns ficaram estranhos, impronunciáveis ou até aceitáveis. Chegou a vez de uma colega tímida, com quem a adolescente falante nunca havia conversado. Ela era uma das alunas mais inteligentes e também a mais quieta. Ela falou baixo o nome ao avesso, o professor não escutou e pediu para ela repetir. Ela abaixou ainda mais a cabeça e falou alto: AKIRE. Um silêncio tomou conta da sala, finalmente eles escutaram a voz daquela menina. Na cabeça da adolescente de cabelo cacheado uma luz se acendeu. "Amei! Se eu tiver uma filha, esse vai ser o nome dela."


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Rio de Janeiro, Brasil

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