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Amores impossíveis... Melhor assim!

Foto do escritor: Akire A. Akire A.

Depois de 2 anos conversando, fazendo declarações e criando uma relação única, Akire e Klan iam se conhecer. A história deles era complicada, mas eles se entendiam e era isso que importava. Em meio a um período difícil da vida de Akire, ela decidiu ampliar seus horizontes e conversar com pessoas de outros países. Foram muitas descobertas, culturas diferentes, novas línguas, um mundo desconhecido. E entre tantos, Klan conseguiu a atenção dela. Ele era um simples cara que vivia do outro lado do mundo, amava o país dela e tinha uma voz doce. Quando a viu pela primeira vez, não parava de sorrir, encantado por ela em todos os aspectos. Conversavam sobre tudo e aos poucos descobriram que as suas realidades eram completamente diferentes. Ele era de um país conservador, mas apoiava a democracia e o socialismo e ao contrário de sua cultura, valorizava as mulheres. Akire vinha de um lugar hipocritamente liberal, mas onde as mulheres não eram proibidas de se mostrarem. Juntos descobriram que suas religiões eram parecidas e que era errado se desejarem tanto. Ela amava tirar fotos, ele só fazia isso em eventos. Ela ensinava seu idioma para ele, mas não arriscava aprender a língua dele tão diferente, o inglês universal era suficiente. De vez em quando ela achava aquilo tudo uma loucura e indagava Klan com várias perguntas, ele sempre se saía bem. Gostava de escutar ela contar sobre a vida, era perfeito como se sentia à vontade. Akire perguntava muito, queria saber tudo sobre ele. O namorador e a senhora certinha. O gringo apaixonado pelo seu país, e a estrangeira que nada sabia sobre o dele. O homem que a desconcertou e a mulher que o fez ficar perplexo. Não era fácil, tão distantes e tão apaixonados. A situação foi mudando, pois viveram de formas bem diferentes até ali.


Para ele sua religião era errada. Mulheres não deviam se mostrar antes do casamento. Rebolar era algo estranho e desnecessário. Uma ativista era mentirosa. Seu país era futebol e festa.


Para ela seu país era atrasado e machista. As atitudes dele não condiziam com sua religião. Sua insistência era inconveniente. Seu povo não era caloroso como queria. Ele provavelmente era um mulherengo mundial.


Mas apesar disso tudo, se sentiam bem um com o outro. Gostavam de conversar, se preocupavam com o bem-estar, eram carinhosos, se queriam de verdade. Aos poucos o contato foi diminuindo e entenderam que não seria um "felizes para sempre". Só faltava algo: se conhecerem. Ele queria conhecer aquele país e Akire foi mais um motivo para isso, foi o estopim. Juntou umas economias e ela o ajudou a planejar tudo: estadia, passeios, festas, passagem, tudo. O dia finalmente chegou. Akire foi para o aeroporto e ficou esperando o momento que veria aquele lindo sorriso. Não sabia o que ia sentir, nem como ia reagir, preferiu descobrir logo. De longe ela o viu. Ele ainda a estava procurando, tinha muita luz nos seus olhos. Ela percebeu o movimento de mexer no cabelo, sabia que era único. Sorriu, não quis correr, seria vergonhoso. Klan conseguiu enxergar aquele sorriso tão perto, e não mais pelo celular, como de costume. Andou rápido com a mala, não conseguia correr com todo o peso que carregava. Ela não resistiu e correu também. Ele largou tudo no chão e abriu os braços para segurá-la. Ela pulou nele e enroscou suas pernas na cintura dele enquanto o abraçava forte. Então sussurrou no ouvido dela:

- Give me a kiss, my love.

- Yes, darling.


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Rio de Janeiro, Brasil

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